20 de abr. de 2012

Tudo começa no pensamento...

     É muito conhecida a frase "Orai e Vigiai", dita por Jesus; sabemos que devemos vigiar os pensamentos bem como as ações, para não errarmos mais. Isto se explica porque quando pensamos coisas ruins, ficamos nessa mesma vibração e vamos nos sentindo muito mal, com risco de agirmos de acordo com essa sensação, já o inverso, quando pensamos coisas boas, da mesma forma, nos posicionamos  na sintonia do bem. Essa teoria  é justamente parte de uma Lei Natural que muitos de nós já conhecemos, a Lei da Atração. Sabemos que o fundamento dessa lei é o pensamento. 


     O que precisamos lembrar sempre, é que temos o poder de escolher o que pensar ou em que sintonia ficar. Se escolhemos ficar tristes, torna-se muito difícil nos alegrar com qualquer coisa que aconteça. O inverso, quando decidimos que queremos ficar alegres, é assim que permanecemos, mesmo diante das dificuldades. Porém, muitos de nós ainda acredita que os pensamentos surgem do nada e não temos controle sobre eles, assim vamos  nos submetendo às piores situações, aceitando limitações como imposição da vida, nos sentindo incapacitados de uma mudança e nada fazendo para melhorar.

    Percebemos frequentemte que conforme os pensamentos, assim são as ações e emoções, geradas a partir deles. Então podemos dizer que uma pessoa com boas atitudes, carrega em si bons pensamentos. Porém, às vezes encontramos aquelas que, aparentemente demonstram o inverso, talvez por não conseguirem mais controlar seus pensamentos pessimistas ou maldosos, resolvem adotar atitudes e comportamentos baseados em conceitos morais, se esforçando, tornando-se boas pessoas, entretanto, abrigam internamente os tais pensamentos ruins. Nesses casos percebemos que não houve mudança interior ainda.

     Ensina-nos o autor espiritual Emmanuel no livro Pensamento e Vida: "... o nosso pensamento cria a vida que procuramos, através do reflexo de nós mesmos, até que nos identifiquemos, um dia, no curso dos milênios, com a Sabedoria Infinita e com o Infinito Amor, que constituem o Pensamento e a Vida de Nosso Pai."

     Ainda sobre o ensinamento evangélico "Orai e Vigiai", observo que muitos seguidores que procuram ser fiéis às lições do Cristo, utilizam esse aprendizado com muito rigor, levando em consideração como algo a ser seguido criteriosamente e quando não conseguem, se culpam, se martirizam. Outros ainda, levam o ensinamento como uma Lei, que se não for seguida, serão punidos, como nas velhas tradições da igreja. Pensando somente que "não posso" e "não devo", e ficam assim sem analisarem as razões. "Não posso isso", "não posso aquilo", dessa forma não aprendem e não crescem.

     O texto a seguir nos mostra a fisiologia do pensamento em nós. Um aprendizado importante para que possamos operar mudanças e reformas consistentes em nosso interior.

A Disciplina do Pensamento 
O pensamento, dizíamos, é criador. Não atua somente em torno de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura. Modelamos nossa alma e seu invólucro com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil, de que o corpo fluídico é composto. 
Assim, pouco a pouco, nosso ser povoa-se de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, embeleza ou cria uma atmosfera de fealdade. Segundo o ideal a que visa, a chama interior aviva-se ou obscurece-se. 
Não há assunto mais importante que o estudo do pensamento, seus poderes e sua ação. É a causa inicial de nossa elevação ou de nosso rebaixamento; prepara todas as descobertas da Ciência, todas as maravilhas da Arte, mas também todas as misérias e todas as vergonhas da humanidade. Segundo o impulso dado, funda ou destrói as instituições como os impérios, os caracteres como as consciências. O homem só é grande, só tem valor pelo seu pensamento; por ele suas obras irradiam e se perpetuam através dos séculos. 
O Espiritualismo experimental, muito melhor que as doutrinas anteriores, permite-nos perceber, compreender toda a força de projeção do pensamento, que é o princípio da comunhão universal. Vemo-lo agir no fenômeno espírita, que facilita ou dificulta; seu papel nas sessões de experimentação é sempre considerável. A telepatia demonstrou-nos que as almas podem impressionar-se, influenciar-se a todas as distâncias; é o meio de que se servem as humanidades do espaço para comunicarem entre si através das imensidades siderais. Em qualquer campo das atividades sociais, em todos os domínios do mundo visível ou invisível, a ação do pensamento é soberana; não é menor sua ação, repetimos, em nós mesmos, modificando constantemente nossa natureza íntima. 
As vibrações de nossos pensamentos, de nossas palavras, renovando-se em sentido uniforme, expulsam de nosso invólucro os elementos que não podem vibrar em harmonia com elas; atraem elementos similares que acentua as tendências do ser. Uma obra, muitas vezes inconsciente, elabora-se; mil obreiros misteriosos trabalham na sombra; nas profundezas da alma esboça-se um destino inteiro; em sua ganga o diamante purifica-se ou perde o brilho. 
Se meditarmos em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, no sacrifício, nosso ser impregna-se, pouco a pouco, das qualidades de nosso pensamento. É por isso que a prece improvisada, ardente, o impulso da alma para as potências infinitas, tem tanta virtude. Nesse diálogo solene do ser com sua causa, o influxo do Alto invade-nos e desperta sentidos novos. A compreensão, a consciência da vida aumenta e sentimos, melhor do que se pode exprimir, a gravidade e a grandeza da mais humilde das existências. A oração, a comunhão pelo pensamento com o universo espiritual e divino é o esforço da alma para a beleza e para a verdade eternas; é a entrada, por um instante, nas esferas da vida real e superior, aquela que não tem termo. 
Se, ao contrário, nosso pensamento é inspirado por maus desejos, pela paixão, pelo ciúme, pelo ódio, as imagens que cria sucedem-se, acumulam-se em nosso corpo fluídico e o entenebrecem. Assim, podemos à vontade fazer em nós a luz ou a sombra, o que afirmam tantas comunicações de além-túmulo. Somos o que pensamos, com a condição de pensarmos com força, vontade e persistência. Mas, quase sempre, nossos pensamentos passam constantemente de um a outro assunto. 
Pensamos raras vezes por nós mesmos, refletimos os mil pensamentos incoerentes do meio em que vivemos. Poucos homens sabem viver do próprio pensamento, beber nas fontes profundas, nesse grande reservatório de inspiração que cada um traz consigo, mas que a maior parte ignora. Por isso criam um invólucro povoado das mais disparatadas formas. Seu Espírito é como uma habitação franca a todos os que passam. Os raios do bem e as sombras do mal lá se confundem, num caos perpétuo. É o combate incessante da paixão e do dever, em que, quase sempre, a paixão sai vitoriosa. Antes de tudo, é preciso aprender a fiscalizar os pensamentos, a discipliná-los, a imprimir-lhes uma direção determinada, um fim nobre e digno. 
A fiscalização dos pensamentos implica a fiscalização dos atos, porque, se uns são bons, os outros sê-lo-ão igualmente, e todo o nosso procedimento achar-se-á regulado por uma concatenação harmônica. Todavia, se nossos atos são bons e nossos pensamentos maus, apenas haverá uma falsa aparência do bem e continuaremos a trazer em nós um foco malfazejo, cujas influências, mais cedo ou mais tarde, derramar-se-ão fatalmente sobre nossa vida. 
Às vezes observamos uma contradição surpreendente entre os pensamentos, os escritos e as ações de certos homens, e somos levados, por essa mesma contradição, a duvidar de sua boa-fé, de sua sinceridade. Muitas vezes não há mais do que uma interpretação errônea de nossa parte. Os atos desses homens resultam do impulso surdo dos pensamentos e das forças que eles acumularam em si no passado. Suas aspirações atuais, mais elevadas, seus pensamentos mais generosos traduzir-se-ão em atos no futuro. 
Assim, tudo se combina e explica quando se consideram as coisas do largo ponto de vista da evolução; ao passo que tudo fica obscuro, incompreensível, contraditório, com a teoria de uma vida única para cada um de nós. 
LÉON DENIS


Nesse outro post, você entenderá como trazemos nossos pensamentos, nosso caráter:
Você sabe o que é Personalidade Congênita? (clique aqui)

Poderá se informar sobre nossa mudança interior através da escolha dos pensamentos:
A Busca pelo Melhor (clique aqui)




Transformando nossas vidas


Ieda Perez

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